Finalmente, o tão esperado terceiro dia da paralisação estudantil do CLP chegou! Porém, antes do Ato Público, foram repassados os informes da reunião que aconteceu no dia anterior com dois estudantes representantes de vários campi e os pró-reitores, chefes de gabinete e representante jurídico da UNESP, que ocorreu no prédio da reitoria, em São Paulo. As notícias não eram boas: os pró-reitores quebraram, na última hora, o acordo que havia sido feito de pagar pelo transporte dos estudantes para que estes comparecessem à reunião. Entre todas as pautas, o tempo permitiu que apenas duas fossem discutidas: a estrutura de poder na UNESP e a permanência estudantil. Na primeira, o assunto de uma reforma estatuinte na UNESP foi colocado em discussão pelos alunos, mas foi rapidamente contornado pelo outro lado e nada foi resolvido. A reivindicação dos alunos e muitos grupos de servidores técnicos administrativos é de que o formato 70-15-15 de voto da UNESP seja reformulado, e que discentes e funcionários tenham tanto poder de decisão quando os docentes dentro da universidade.
A pauta de permanência estudantil foi discutida com prioridade na efetividade de bolsas e auxílios, já que a reitoria demonstrou nenhum interesse em construir mais moradias estudantis e restaurantes universitários nas unidades que ainda não os possuí. A proposta de possibilidade da universidade alugar imóveis para os alunos que não possuem condições de manter moradia também foi colocada em questão e ainda será discutida. Assim como o uso que os alunos de baixa renda fazem das Bolsas de Apoio Acadêmico e Extensão para permanência estudantil, o que não é o seu objetivo. As bolsas BAAE, como são conhecidas, são divididas em três modalidades: A primeira é de permanência estudantil e tem prioridade na seleção os alunos recém ingressos na universidade e que apresentam carência econômica comprovada. A BAAE II e BAAE III são destinadas aos alunos que desempenham atividades de extensão e técnico-acadêmicas (atividades em laboratório), respectivamente. Porém, devido a política de permanência da UNESP não ser efetiva, muitos alunos utilizam bolsas como BAAE II e III para se manterem na universidade, tendo que ser selecionados por mérito e não pela necessidade econômica que apresentam. Um outro problema das bolsas BAAE e do auxílio aluguel é o valor incompatível que os alunos recebem para a subsistência de qualquer cidadão. As exigência dos alunos com relação as bolsas BAAE são de aumento do valor atual para um salario mínimo, o aumento do auxílio alimentação para o valor atual da cesta básica e o aumento do valor do auxílio aluguel . Atualmente, os valores das bolsas BAAE no CLP variam de R$300 à R$ 350, o auxílio aluguel é R$ 150 e o auxílio alimentação é R$ 50 mensais.
Link para consulta: http://www.clp.unesp.br/#!/area--tec-academica/bolsas-e-auxilios-proex/
Mais uma reunião entre discentes e representantes da reitoria foi finalizada... E os problemas continuam sem prazo para serem resolvidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário