São Vicente faz história em Assembleia

O Campus do Litoral Paulista, da UNESP, está na lista dos campus experimentais. Muito se tem a fazer para o crescimento e melhoria da unidade e muito se tem a amadurecer como um câmpus de uma universidade da importância da UNESP.

No dia 15 de maio de 2013, uma quarta-feira, o CLP aderiu à paralisação unificada que teve a participação de 10 campi da UNESP: Araraquara, Assis, Botucatu, Franca, Marília, Ourinhos, Rio Claro, São José do Rio Preto, São Paulo e São Vicente, e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UNICAMP. As pautas principais eram à favor da política de permanência estudantil e contra o Programa de Inclusão por Mérito do Estado de São Paulo (PIMESP). Em São Vicente, a manhã foi escolhida para o entendimento e a reflexão das necessidades do sistema de ensino atual e as ações possíveis que poderiam ser tomadas para melhorá-lo. Após o almoço, o qual foi marcado por uma intervenção artística que explicava as relações do PIMESP e do poder público dentro da universidade, se deu início a grupos de discussão e depois seguiu-se para uma assembleia para que fosse votado pela adesão ou não à greve estudantil que vinha ocorrendo em outros campi, como Marília e Ourinhos. Pela primeira vez em São Vicente 126 alunos compareceram à assembleia (o campus conta com aproximadamente 200 alunos) e, embora a votação tenha ocorrido entre manifestações e discussões, a mesma foi cancelada por uma questão burocrática do estatuto do Conselho Acadêmico.

A segunda chamada para a assembleia foi marcada para acontecer no dia seguinte, 16 de maio, para que novas informações fossem difundidas e a votação fosse feita, mas o que não se esperava era a mobilização em massa que o campus sofreria nesse dia. Entre veteranos formados, alunos do cursinho e estudantes do CLP, 167 pessoas compareceram para a segunda chamada da Assembleia. 107 dos alunos presentes votaram a favor de uma paralisação inicialmente de 3 dias (22, 23 e 24 de maio), e dos 41 alunos do Cursinho que compareceram à assembleia todos votaram a favor também.

O dia 16 de maio de 2013 foi único para a UNESP. Pela primeira vez a comunidade do CLP se mobilizara para um bem comum. Foi feita história.